O caminho estreito do sucesso económico

A economia portuguesa tem inúmeros problemas, sendo que a maioria deles são bem conhecidos: débil crescimento económico, frágil produtividade das empresas portuguesas, frouxa competitividade internacional e castigadora dívida pública. Sabemos hoje que o empresário português é dos que tem menos escolaridade em toda a Europa. Se por um lado isto é um sinal de grande coragem e resiliência, por outro é inevitável que em termos de gestão fique muito a desejar. Sem um Governo que apoie e forme o empreendedorismo nacional, ou muito menos aponte o caminho, a maioria das vezes o empresário procura o lucro fácil ou assente em premissas de mercado demasiado tradicionais. O baixo custo do fator trabalho continua a ser a maior vantagem competitiva de Portugal.

Temos de recuar bastante para encontrarmos um período governativo em que os investimentos eram feitos com racionalidade e sem perspectivas de curto-prazo. Desde meados dos anos oitenta até algures nos anos noventa, seguimos um rumo que nos estava a levar a um desenvolvimento real, que ia da economia à cultura, da sociedade ao ensino. De repente, tudo parou. Começou o desperdício de dinheiro, as decisões incompreensíveis dos gestores públicos, o início daquilo que seria uma perda definitiva do que se havia construído. Insinuou-se uma rápida decadência que fez nascer um monstro público com obesidade mórbida e impossível de sustentar, ao mesmo tempo que os valores decaíram, fazendo aumentar a corrupção.

Portugal precisa de uma indústria que seja inovadora, altamente tecnológica, apostada na produtividade e investidora na economia digital, com pólos de investigação articulados entre universidades e empresas. Portugal precisa de serviços especializados, aproveitadores dos nossos melhores recursos humanos e atraente para os estrangeiros altamente qualificados. Portugal precisa de deixar de ser gerido por boys que nunca trabalharam na vida, que não conhecem os problemas da economia real e a quem interessa que o país seja este peso morto estagnado no tempo, apenas para de vez em quando recebermos uma esmola dos ricos da europa.

Ler o artigo completo no Semanário O Diabo de hoje.

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