Já escrevi e publiquei a respeito das falhas sistémicas dos gestores portugueses, públicos e privados, que os coloca ao nível dos países de terceiro mundo. Também defendi que a solução deveria passar pela formação contínua e melhor formação universitária, que coloque as empresas portuguesas num nível competitivo de produtividade e inovação.
Por alguma razão, no terreno só tenho visto o contrário disto tudo: coordenação operacional de recursos humanos parada no século XIX, instintiva, alarve, miliciana, inábil; gestão de recursos financeiros com a máxima “o Estado providenciará”, à espera que um golpe criativo, ou uma esmola europeia, tirem da cartola o que a falta de profissionalismo afastam.
As redes profissionais portuguesas são um reflexo disso mesmo: a maioria dos posts são de gurus de gestão, artigos de há vinte anos ou mais, ou com os mesmos chavões superficiais e que acrescentam zero a uma organização. Não sei se a solução será política, educativa ou de maturidade. Nem sei se haverá solução, pode ser que estejamos mesmo condenados a ser os últimos, a doze, vinte, trinta ou cinquenta.
