Sir Salman Rushdie acabou de ser selvaticamente esfaqueado por um fundamentalista islâmico em Nova Iorque, quando se preparava para falar numa conferência.
Em 1988 escreveu “os versículos satânicos” e desde então foi ameaçado de morte por muçulmanos. É curioso que seja nesta época da cultura do cancelamento, trinta e quatro anos mais tarde, que conseguem atingir o afamado escritor.
Mais uma vez, eles querem-nos calar. Mas como já venho dizendo repetidamente, a liberdade de expressão não é apenas mais uma liberdade: é um dos principais alicerces em que se mantém a nossa civilização. Por isso é que quem a quer destruir tem atacado, de forma tão vil e repetida, a livre faculdade de exprimir as nossas opiniões ou formas de arte.