A fórmula política foi clara desde o início: dizer mal de tudo e de todos, atacar de forma populista e inconsequente as políticas governativas do PSD e do PS, com um palco sempre crescente na televisão. Esta estratégia foi tendo os seus frutos ao longo dos anos e o crescimento da votação teve o seu auge nas legislativas de 2015, conseguiu manter-se em 2019, mas no início deste ano foi a hecatombe. Esta é facilmente explicável por ter perdido a capacidade populista de dizer mal, ao ser o suporte do partido socialista. Passar a ser um partido do sistema foi um preço demasiado alto a pagar e, em vez de aproveitar o nascimento do movimento woke, o Bloco estava demasiado ocupado a levar o Governo socialista às cavalitas. Mas o início da nova maioria absoluta e as escolhas erradas do partido levaram-no de volta à insignificância de há vinte anos atrás. Por isso, o que se prevê é que o Bloco volte a aquilo que sempre foi perito: populismo esganiçado e barulhento nos noticiários das oito horas. Evidentemente, desta vez cai na esparrela quem quiser – e for tolo.
Ler artigo completo: http://observador.pt/opiniao/ascensao-e-queda-do-bloco-de-esquerda/