E quem é que em Portugal recebe o salário mínimo? Com certeza uns mandriões que pouco valem para as empresas. Não, errado. É o trabalhador fundamental nos setores cruciais da economia portuguesa: o operador fabril no mobiliário e no calçado, o empregado na restauração, ou qualquer mão-de-obra intensiva. Na verdade, o pobre é o melhor trabalhador, mas o menos reconhecido. Sustenta a empresa com um esforço diário que vai até aos limites humanos, mas com um salário miserável. É enganado por sindicatos e explorado por patrões. No final, são considerados substituíveis por gestores que se acham insubstituíveis. No entanto, bem vistas as coisas, são a jóia da coroa das empresas portuguesas: sem eles não haveria emprego para o gestor de recursos humanos, o gestor de marketing, o gestor de contas, o gestor de operações – afinal estes sim, os verdadeiros supérfluos, facilmente substituíveis e muitas vezes inúteis na hierarquia das organizações.
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As Jóias da Coroa