A liberdade de expressão não é apenas mais uma liberdade. É a base da nossa sociedade, a única via possível para um futuro verdadeiramente democrático e pluralista. Uma das principais razões da importância da liberdade de expressão é que pessoas com diferentes opiniões possam discutir sem amarras nem receios, de forma a chegarem a conclusões conjuntas e a consensos. Sem a liberdade de expressão, vamos estar a criar grupos gigantescos que se vão colocar à margem da sociedade, dramatizando o discurso e indo irrevogavelmente em direção dos extremos. Calar alguém por ter uma opinião diferente, pode ter o efeito contrário: elevar mais a sua voz. Mas pior que isso, pode estar a levar a sociedade a um totalitarismo que nunca resultou na História da humanidade.
Vivemos num tempo de verdades simplistas e superficiais, com redes sociais controladas por uma ideologia e normalização da censura para quem pensa de forma contrária. As grandes corporações têm de seguir o mesmo pensamento se querem continuar grandes. O governo, a justiça e a comunicação social são concordantes: há o bem e o mal, o preto e o branco, o Estado e a Família, a esquerda e a direita, o liberalismo e o conservadorismo. O bem é científico, avançado e desenvolvido; o mal é antiquado, retrógrado e judaico-cristão. A nova História que está a ser reescrita diz que o progressismo foi o percursor da liberdade, progresso, modernidade, tolerância, fraternidade, desaparecimento da escravidão, o aumento da alfabetização, a redução das desigualdades entre os sexos, a reforma das prisões e o declínio da pobreza. Esta ideia messiânica é obviamente fruto de propaganda sem rigor, sentido ou verdade.
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Liberdade de expressão