1989

Tinha 14 anos quando caiu o muro de Berlim. Para um adolescente que tinha vivido a infância no sobressalto da Guerra Fria, foi um período de festejo e aprendizagem. Do Leste vinha um discurso agressivo e repulsivo, de conquista dos nossos valores e crenças, através da força nuclear. Mas foi uma altura em que surgiram grandes líderes, com uma presença e espírito grandiosos, que deitaram abaixo muros e construíram pontes.

Nada fazia prever que, passados estes anos todos, houvesse uma tentativa de branquear a História e fazer ressurgir os mesmos muros. Com uma força mais subtil do que a nuclear e certamente mais viciosa, estão a impregnar-se nas raízes da nossa civilização e a tentar implodi-la. Terão que surgir outro tipo de líderes para combater esses novos inimigos do nosso modo de vida, liberdade e cultura. Por nós, não passarão.

Seja como for, 1989 foi um ano marcante. Para mim, para a minha geração e para todos os espíritos livres, independentes e descomprometidos da humanidade. Foi a prova que os grandes líderes da humanidade surgirão sempre que for preciso indicar o caminho e que a população irá toda nessa mesma estrada. E que é possível. É possível lutar contra a propaganda insidiosa, as autocracias morais e os totalitarismos camuflados que nos cercam.

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