Termina, neste momento, o ciclo de governação que começou com a “vitória” de António Costa sobre Passos Coelho e longos anos de muita propaganda e pouco trabalho, com uma intolerável asfixia democrática pelo meio.

Depois de tantos empregos dados a gente dos partidos, a que a crítica interna chamou de “obsessão por cargos”, eis que a extrema-esquerda cai de pôdre, num lamaçal que os socialistas criaram e onde colocaram os portugueses. O Estado cresceu desalmadamente, os problemas crónicos da economia (falta de competitividade e produtividade) continuam mais fortes do que nunca. Com o aumento deste “monstro” também aumentou a carga fiscal e Portugal ficou mais pobre – em termos sociais, económicos e políticos. A vida da maioria das pessoas piorou ou estará prestes a embater num muro de dívidas, com o final das moratórias. O pior começaria agora e, nem o Governo, nem os seus aliados, quiseram ter essa responsabilidade nas mãos.

Portugal sai deste Governo da esquerda radical, com uma lenta recuperação face à pandemia, sem criar riqueza para distribuir riqueza, com o engano das cativações e taxas. Portugal sai deste ciclo com a maioria da “bazuca” já destinada, através de leis que foram fabricadas à pressa. A fatura virá para o o futuro, para os próximos governantes, que terão de ter a honestidade, transparência e competência que o país precisa.

Portugal irá a eleições em Janeiro do próximo ano. É dever grave de todos empenharem-se na mudança que o país precisa e ninguém se pode abster das próximas lutas. Quem ficar quieto e calado no sofá, estará a dar cobertura a quem se serviu alarvemente da nossa nação e que quer continuar o festim com a meia-dúzia de elitistas que mandam nisto tudo. Portugal conta convosco e eu também.