Passaram vinte e cinco anos desde o indulto das FP-25. Como na escola não se fala disto, vou relatar aqui as minhas memórias da altura.
Eu era um miúdo e vivia aterrorizado. As notícias abriam sempre com mortes por atentados a tiro, assaltos a Bancos, empresas e pessoas. Fiquei especialmente chocado com a morte de um bebé, assassinado à bomba. Havia a sensação que qualquer pessoa podia ser apanhada no meio de um tiroteio, ainda mais quando a própria polícia era morta sem piedade e por vingança.
Um dia acordei com uma bomba que explodiu em frente a minha casa. As janelas estremeceram, pensei que tinha acabado o mundo. Uma camioneta que ia para Fátima tinha ido pelos ares e havia a ameaça de morte a quem fosse ver o Papa. Passadas algumas horas, tive de ir para a escola ali perto. Todos os meus colegas estavam em pânico.
Estes bombistas criminosos são os pais (em sentido figurado, claro) dos radicais que hoje nos governam e que vão para a televisão falar com orgulho desta geração de terroristas, romanceando os seus feitos e colocando-os num pedestal. A realidade foi completamente diferente, asseguro-vos. Havia medo, terror nas ruas, que só terminou quando as autoridades desmantelaram e apanharam a maioria dos terroristas nojentos e assassinos. Aí sim, as crianças, como eu, puderam respirar de alívio.
Mais tarde, a esquerda e extrema-esquerda que hoje ainda é dona do poder, combinou um indulto. António Guterres (primeiro-ministro) e os aliados do costume, fizeram passar a lei na Assembleia da República. O presidente do Parlamento era Almeida Santos. E Mário Soares, Presidente da República, promulgou a lei 9/96, que libertou e indultou os terroristas, que ceifaram a vida de 17 inocentes e um bebé, colocando o país a ferro e fogo.
É nisto que vais continuar a votar?
E ainda me perguntam o que tenho contra a esquerda nacional.
