A definição de trabalho é, na quase totalidade das profissões e profissionais, uma certa quantidade diária de procedimentos normalizados, realizados segundo uma rotina geradora de segurança e conforto pessoais. Ou seja, o empreendedorismo, a capacidade de superação pessoal, a flexibilidade do trabalho, são tudo características a evitar e, segundo a ideologia político-económica prevalente, os direitos e garantias dos trabalhadores colidem com esta forma de pensar, agir e sentir.
A grande maioria dos profissionais nacionais não estão aptos a algo que saia desta zona primária. Caso aconteça, inventam desculpas, delegam o trabalho, dizem que não têm condições, vitimizam-se, ou uma série de outras reações. O profissional de uma sociedade moderna e evoluída, é multifacetado e sabe tocar vários instrumentos. A sociedade portuguesa precisa de deixar de ter idiossincrasias de terceiro mundo, abandonando as concepções rígidas que atrasam a economia e a estreiteza de raciocínio que fere de morte a competitividade.
Até há cinquenta anos atrás, havia a ideia de trabalho para toda a vida, que se conseguia desde cedo com o décimo-primeiro ano, ou até menos. O neo-marxismo antiquado que governa a sociedade portuguesa desde esse tempo, declarou que a perda desse conceito de trabalho seria uma visão neo-liberal perigosa a combater. E a única forma de o conseguir, com proveito próprio, foi a criação de um monstro no Estado, com cargos estáveis, incompetentes, improdutivos, estáticos e, principalmente, com um custo insuportável para a economia e os empreendedores.
Se um dia alguém quiser mudar isto, fazendo uma limpeza que incluirá expurgar ideologias e conceitos pré-históricos, vai ter de lutar contra os situacionistas, os adoradores do neo-marxismo, os fanáticos dos partidos, os que mantêm a riqueza à custa da corrupção, os que vivem à sombra da bananeira à custa de quem trabalha como um escravo e todo o exército de gente que faz com que Portugal seja um país de terceiro mundo, o último da Europa em quase todos os indicadores de desenvolvimento, económicos e sociais. Recentemente, houve um Governo de Passos Coelho que começou a fazer isto e ainda hoje é apelidado de “louco e psicopata” por estes parasitas. Mas também é certo que esse Governo fez algumas reformas porque o FMI o obrigou. Resta saber se no futuro, alguém mais terá a coragem de o fazer e tirar Portugal do pântano em que está.

Excelente!
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